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Em Jaú, Federação pede categoria ao lado do sindicato e lamenta recusa patronal de negociar ‘piso da enfermagem’


12/04/2024

Desta vez foi a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região que esteve reunida para debater questões do interesse da categoria, negociações coletivas, piso nacional da enfermagem e outros temas, como a necessidade de mobilizar os jovens trabalhadores da saúde para que participem dos sindicatos. Também estiveram em pauta a próxima eleição da diretoria da Federação Paulista da Saúde e a importância de os sindicatos se engajarem na eleição municipal deste ano, com candidato próprio ou engajado em candidatura que defenda a causa do trabalhador.

 

O encontro ocorreu na nova sala de reuniões da sede localizada na rua Sete de Setembro, 462, no centro de Jaú. A presidente do Sindicato da Saúde de Jaú, Edna Alves, e demais diretores, receberam o presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, que está percorrendo as base sindicais da saúde por todo o Estado.

 

CAMPANHA E PISO - Entre os debates, o que mais chama a atenção é a campanha salarial e  necessidade de se  fazer negociaçãos com o patronal em busca de reajuste , de salário digno e de tentativa de emplacar o “piso nacional da enfermagem”, que praticamente morreu por meio das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).  “Não existe piso. Fomos enganados pela classe política e pelo tribunal”, comentou o dirigente estadual.

Ele se refere às mudanças feitas na lei que criou o piso em 2022, com as constantes trocas de entendimentos do judiciário e pelo fato de que tudo ainda é transitório. Edison falou que a proporcionalidade na jornada e o tratamento diferenciado por setor acabaram com o piso. Hospitais privados, diz ele, não aceitam negociar para pagar o piso. “Sem negociação não tem piso”, lamenta.

Já os “pilantrópicos” e os prestadores de mais de 60% de serviços do SUS, ressalta Edison Oliveira, só são obrigados a pagarem se receberem verba federal. E o governo não tem recurso suficiente no orçamento para pagar todos os trabalhadores. Por isso inventam desculpa de falta de registro no coren, carga horária excessiva, somam adicionais para o salário base ficar acima do piso e não repassarem nada...

CATEGORIA JUNTA – O presidente da Federação fala das dificuldades de negociar com o patronal, que não quer negociar e não pode ser processado por isso, porque a lei está ao lado dessa recusa:  “A negociação é feita pelo conjunto da diretoria. Lógico que o presidente do sindicato, representante principal do sindicato, tem uma expertise maior de negociar. Agora, não se faz negociação se o trabalhador não estiver presente. “

A categoria pode perder o que já tem se ficar acomodada: “O envolvimento dos trabalhadores é de suma importância. Não se vai chegar a lugar nenhum ou àquilo que a categoria entende ser direito dela se ela não participar. Se ela ficar dentro dos hospitais esperando ver o que vai acontecer ela não vão receber nada nunca. Muito pelo contrário. Em algumas situações vai perder benefícios que já têm.”

DIFERENÇAS DE BASE - A  presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves, falou sobre a oportunidade de cada diretoria local receber a Federação: “A  reunião é sempre produtiva quando tem a presença da Federação, agora percorrendo o Estado.  Ao visitar as bases, o presidente Edison vai conhecer de perto a realidade de cada local, que tem seus próprios problemas e dificuldades. Fica um melhor entendimento para os diretores sobre o que é sindicato e federação e sobre as convenções coletivas.”

Ela lembra que as negociações não estão fáceis, citando a luta contra o Sindhosp (patronal de estabelecimentos privados), cuja data-base é janeiro e até agora não teve negociação. “Não está sendo fácil negociar por causa das idas e vindas do STF sobre o piso nacional da enfermagem.  A Federação nos apoia e nos orienta sobre como fazer as negociações, seguindo os parâmetros judiciais. Agradecemos à presença do Edison, que cada vez que vem a Jaú nos estimula a continuar participando de órgãos de decisão, como conselhos de saúde e centrais.“

Próximos encontros 

As reuniões tiveram início no dia 9 e vão até 25 de abril. Édison ainda vai passar pelas cidades de Campinas, São Paulo, Franca, Ribeirão Preto, Sorocaba, Santos, Piracicaba, Rio Claro e São José dos Campos.

 

Conheça o calendário das próximas reuniões.

 

PROGRAMAÇAO

Data - Base Sindical

12 de abril - Jaú - Das 9h às 12h

15 de abril - Franca

16 de abril - Ribeirão Preto

17 de abril - Sorocaba

19 de abril - Santos

22 de abril - São Paulo

23 de abril - Piracicaba

23 de abril - Rio Claro

24 de abril - São José dos campos

25 de abril- Campinas

(A Federação já passou por Presidente Prudente, Araçatuba e São José do Rio Preto)

 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
Rua Sete de Setembro, 462 - CEP 17.201.-480 - Centro - Jaú - SP
Fone (14) 3622-4131 - E-mail: [email protected]