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Preço da batata dispara e cesta básica já encosta em R$ 1.000


23/11/2020
 

Os gastos com alimentação estão pesando ainda mais no bolso dos paulistanos. Segundo o Procon-SP, a cesta básica paulistana passou de R$ 930,19, em setembro, para R$ 949,98, em outubro. 

A alta, puxada por itens de hortifrúti, fez com que o preço da cesta chegasse a 91% do salário mínimo (R$ 1.045).
 
De acordo com levantamento feito com o Dieese, a principal alta foi a da batata: 20%. A elevação do tubérculo está sendo sentida também nos supermercados. O aumento do preço do item entre setembro e outubro foi de 22,5%, diz a Apas (Associação Paulista de Supermercados).
 
A alta, inclusive, foi maior do que a do arroz, o ‘vilão’ do prato do brasileiro nos últimos meses. Mesmo o grão tendo o sétimo aumento consecutivo do ano, segundo o Cepea-USP, a elevação foi menor, neste mês, nas prateleiras: 10,5%.
 
João Paulo Bernardes Deleo, pesquisador na área de hortifrútis do Cepea, explica que o aumento da batata não é um fenômeno comum para essa época do ano, e é explicado, sobretudo, por fatores climáticos.
 
“Os preços no segundo semestre sempre são mais baixos do que no primeiro, porque normalmente o clima é mais favorável à produção”, diz. “No entanto, em setembro houve uma onda de calor no país, o que forçou os produtores a colherem mais rápido, fazendo com que, no mês, aumentasse a oferta do produto e, logo, o preço diminuísse.”
 
Por isso, diz Deleo, outubro e novembro estão sendo marcados por menor quantidade de batata disponível e, logo, por preço maior.
 
Segundo o Cepea, as cotações subiram pela terceira semana seguida. A tendência é que, agora, com leve aumento da oferta de batata, o valor comece a cair.
 
Alta do alimento | Entenda
A cesta básica paulistana teve alta de 2,13% no mês de outubro, diz o Procon-SP
 
O levantamento, feito com o Dieese, mostra que o preço passou de R$ 930,19 para R$ 949,98
 
Aumento foi puxado, sobretudo, pela disparada da batata.
 
Maiores altas foram no grupo de alimentação:
 
Batata (kg): + 20,31%
 
Óleo de soja (900 ml): + 12,15%
 
Frango resfriado inteiro (kg): + 9%
 
Arroz (pacote com 5 kg): + 7,62%
 
Nos supermercados, os preços mais altos também foram vistos nos hortifrútis:
 
Maiores altas:
 
Berinjela: + 33,34%
 
Vagem: + 29,2%
 
Batata: + 22,57%
 
Mamão: + 18,91%
 
Tomate: + 16,40%
 
Por que a batata está tão cara?
 
De acordo com o Cepea, as cotações da batata subiram pela terceira semana seguida
 
Preço atual: R$ 180,12/saca de 50 kg em São Paulo
 
Aumento de 14,75% em relação à última semana
 
Motivos
 
Colheita concentrada nos meses de agosto e setembro
 
Clima: em setembro houve uma onda de calor e os produtores tiveram que colher mais rápido
 
Mais produto disponível: menor preço em setembro
 
Outubro e novembro: fim de safra e menor quantidade de batata. Com isso, o preço aumentou
 
Tendência
 
Leve aumento da oferta de batata
 
Preços voltarem a cair
 
Fonte: Folha de SP
 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
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