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Prefeito anuncia que vai liberar setores a partir de terça; cidade confirma mais 18 casos de covid


19/06/2020

Prefeitura anuncia novo decreto para segunda-feira com liberação restrita de salões de beleza, bares, restaurantes e academias; ficam para depois clubes, igrejas e áreas públicas 

Na segunda-feira o Jaumais cobrou mais informações da Prefeitura de Jahu sobre a situação da pandemia do coronavírus na cidade e ir além de divulgar os números por meio do informe. Nesta quinta-feira, o prefeito Rafael Agostini convocou entrevista coletiva para anunciar que a situação na cidade está melhorando, por isso será possível flexibilizar alguns setores a partir a próxima terça-feira, dia 23.

Um novo decreto com as regras sobre  a reabertura gradual será publicado na segunda-feira. Os ajustes no decreto e como será o calendário da flexibilização estão sendo feitos.  Na entrevista, o prefeito confirmou que salões de beleza, barbearias, bares e restaurantes e academias serão contempladas inicialmente. Vão reabrir com restrições a serem informadas. Em relação a igreja, clubes e áreas públicas ficarão para posteriormente.

Os supermercados, no entanto, vão ter restrições adicionais, o que pode incluir horas de funcionamento e número de clientes autorizados a entrar no estabelecimento.   

Números do dia – Antes dos detalhes da coletiva, veremos os números da pandemia na cidade. Nesta quinta, o boletim epidemiológico traz 18 novos casos positivos, subindo de 302 para 320 casos confirmados. Outros 35 exames deram  negativo. O boletim informa ainda que mais 74 pessoas entraram na lista como casos suspeitos, ou seja, são 280 incluídos nesse tópico desde segunda-feira.

Em relação ao número de “casos suspeitos”, o prefeito Rafael Agostini disse na entrevista que os números de testes cresceu, agora que o Município conseguiu comprar novo lote (ele não soube dizer quantos testes foram comprados e prometeu que a Secretaria de Saúde vai informar depois). O prefeito diz que no início só se testavam profissionais de saúde e pacientes com sintomas mais graves da covid. Agora, mais pessoas com sintomas medianos serão testadas. 

Velocidade de contágio – Rafael Agostini disse que a velocidade de contágio em Jaú está menor e isso foi comprovado nas últimas três semanas, com a semana atual melhor do que  anterior. Foi para poder avaliar o ritmo de contágio desde a reabertura permitida pelo Plano SP que a Prefeitura optou em limitar a reabertura das atividades.

“Agimos de acordo com nossa realidade e com pareceres técnicos”, comentou, garantindo que quando o governo de SP colocou Jaú na fase 3 (laranja), na verdade no entendimento da Secretaria de Saúde Jaú ainda estava numa situação de fase 2 (amarela), para a qual voltou 15 dias depois.

Um dos motivos e a liberação ter sido discreta, segundo o prefeito e o secretário de Desenvolvimento, Carlos Ramos (Kakai), foi porque a cidade tinha alta ocupação de leitos de UTI e ainda curva crescente de casos de covid – chegou a ter índice de crescimento de 120%. Agora, nesta semana, a cidade já tem 10 leitos liberados pelo Ministério da Saúde, além dos 10 contratados pela Prefeitura e oito particulares – e mais cinco respiradores que chegaram à Santa Casa para ampliar a capacidade de atendimento. 

Sem explosão – Um dos aspectos apresentados na coletiva é não ocorreu uma explosão de casos desde a reabertura do comércio com restrições. Os números da semana serão consolidados no sábado, mas a tendência, segundo o secretário Carlos Ramos, é de estabilização, com tendência de queda.

“Não dá pra aceitar Jaú na fase 2 (como definiu o governo de SP semana passada) com a cidade com números da fase 3”, avisou o prefeito. Por isso, já é possível reabrir alguns setores para que  economia volte a andar. “O governo de São Paulo perdeu a mão na definição de critérios”, analisou o prefeito, argumentando que deve se levar em conta critérios locais.

Para Rafael Agostini, se o governador João Dória libera até a o futebol, porque não liberar salões e alguns setores para garantir o sustento de pequenos empresários? “O decreto vai trazer novidades na próxima fase com segurança técnica.” 

Nada voltou ao normal - Ele diz que “a vida não voltou ao normal”, mas é possível dar mais um passo. E pede que “as pessoas precisam ter o comedimento” e não precisam correr pros salões e nem pras lanchonetes, mesmo porque vai ter limitação de número de clientes.

Carlos Ramos falou que os últimos 90 dias foram os piores de Jaú e do mundo, uma situação sem precedente. Falou que na segunda quinzena de março chegou a temer que Jaú repetisse o caos ocorrido na Itália, com gente morta para todo lado. Diante disso, Jaú decidiu logo restringir a circulação de pessoas para “evitar uma tragédia”.

Apontou que Jaú não teve ninguém morrendo por falta de atendimento e ninguém precisou esperar numa maca de ambulância ou do Samu para ser atendido na Santa Casa. Por fim, garantiu que o número de infecção na cidade está na “descendência”. Na última semana o crescimento foi de 15%, diante de semanas com 120%. “Hoje dá pra fazer essa reabertura de alguns setores. Não dava para fazer na escalada”.

 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
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