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MP contra os sindicatos pode ser alterada, acertam Maia e centrais


03/04/2019

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteve reunido com dirigentes das centrais sindicais e assegurou, durante almoço em sua residência oficial, nesta terça-feira (2), que vai trabalhar pela mudança na redação da MP 873/19, que dificulta ao máximo o recolhimento das contribuições sindicais.

O texto obriga o desconto por meio de boleto, e não por desconto em folha. Pelo que ficou acertado entre Maia e os dirigentes sindicais, nova redação à MP deverá ser apresentada até o dia 16 de abril. "Foi um encontro positivo", avaliou o presidente da CTB, Adilson Araújo. "Maia mostrou-se aberto ao diálogo e, ao contrário do governo Bolsonaro, reconhece as centrais como representantes dos trabalhadores e trabalhadoras". Haverá uma nova reunião no próximo dia 16. 

Próximos passos

Depois do acordo entre o presidente da Câmara e as centrais sindicais, o passo seguinte é instalação da comissão mista, prevista para esta semana, para apreciar o texto da medida provisória.

A instalação do colegiado se dá com a eleição do presidente da comissão — deputados e senadores — que vai ser um senador, e a escolha do relator, que caberá à um deputado.

O relator vai ser indicado por algum partido do chamado “Centrão”, grupo de 10 partidos composto por PR, SD, PPS, DEM, MDB, PRB, PSD, PTB, PP e PSDB. (Com portal Brasil 2 Pontos)

O presidente Adilson Araújo e o vice-presidente da CTB, Joilson Cardoso, realizaram uma maratona de reuniões em Brasília nesta terça (2). "Estivemos com representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a quem expressamos as preocupações com os rumos do atual governo, que chegou a ameaçar retirar o Brasil da OIT e desrespeito abertamente as resoluções da organização, e depois com Maia. No próximo dia 11 teremos uma audiência-manifesto no Congresso com o movimento Levante das mulheres contra a reforma da Previdência. Teremos centenas de mulheres pressionando o Parlamento em defesa das aposentadorias e repudiando a proposta de Bolsonaro", anunciou.  

Fonte:  ctb

 
 
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